terça-feira, janeiro 26, 2010

Hoje escutei uma história verídica.
Por alguns momentos achei que as coisas boas só aconteciam aos outros e não a mim.
Que egoísmo o meu e que pensamento pequeno.
As pessoas tendem a projetar a sua felicidade nos outros e responsabilizar este outro pela sua infelicidade. É uma situação bem difícil.
O indivíduo tem de perceber que a felicidade está em suas próprias mãos e não nas dos outros.
Fazer uma breve avaliação e reflexão de seus atos, de sua vida e do que quer para si.
Não se pode ter tudo na vida. Isto é uma crença minha.
Aprendemos a ser muito egoístas e materialistas desde crianças. Minha boneca, meu carrinho, meus livros, minha namorada, meu computador... enfim.
Acreditamos quê e batalhamos por isto. Lutamos uma vida inteira para ganhar dinheiro ou status ou os dois juntos.
Caímos em situações de extrema seriedade muitas vezes, indo de encontro ao que achamos certo e justo. Machucamos outrem e está aí o conflito armado.
Nos debatemos entre nós mesmos com sentimentos que não queremos sentir e ao mesmo tempo não resistimos.
Lutamos na ingenuidade de alcançar o tão sonhado ideal, porém, na grande maioria das vezes, isto não depende só de nós. Nos iludimos, acreditando que vai dar certo e às vezes, isto é um desejo só nosso e ainda nem sempre é a semelhança da nossa felicidade.
Interferimos na vida dos outros, buscando um objetivo que pode ser que não seja o melhor.
Não estamos acostumados a perder e a sofrer perdas. Nossa vaidade é muito grande para enfrentar as derrotas. Não suportamos e sofremos.
Sofremos com o desprezo, com o "não deu certo", com o simplismente: "NÃO"
Precisamos acreditar em nosso amor próprio e que toda nossa vida é feita de passagens. Acreditar que tudo pode ser melhor e que tudo o que recebemos e vivemos é de nosso merecimento.
Lembrar das palavras de Chico: Tudo o que tens e vives é de tua própria escolha.
Tens o livre-arbítrio. Avalia tua vida, teus desejos e tenta perceber teus erros e acertos.

domingo, janeiro 24, 2010

Concurso Prefeitura de São José da Coroa Grande - Parte II

Continuando ...
Vale salientar uma breve descrição da casa onde nos servimos do café da manhã, ou algo parecido com isto.
Era um pequeno corredor, escuro e apertado, com aquelas mesas de angelim pesadas, forradas com uma toalhinha fina de tecido e por cima aquele plástico grosso e uns arranjos de flores artificiais e põe artificial nisto. Mas, o mais bonito de tudo neste "restaurante" era a televisão de gato. Linda !!
Um tipo assim 32 polegadas, novinha, com três galetos espetados. A sobra da festa de ontem, óbvio.
Mosca ? eram os bichinhos de estimação. Mas, encaramos tudo isto numa ótima. Sem reclamações, ao contrário, esperávamos isto e se fosse diferente não teria a menor graça.
Imaginem? Centro de São José e você num ar condicionado com garçom fardado lhe servindo croissant e café expresso ? Não. Definitivamente não combina.
Bem, quando saímos do nosso restaurante à la Roberto Carlos, Fábio Jr. e Assembléia de Deus, fomos procurar a Escola Municipal Espírito Santo. Achamos logo. Encontraríamos mais rápido se o inteligente motorista que trouxe a equipe de coordenadores e fiscais do concurso não tivesse estacionado o ônibus semi-leito, enorme, na frente do nome da escola, tapando toda a visão de qualquer traseunte que quisesse encontrar o lugar. Ô meu pai ...
Ficamos no carro esperando os portões abrirem. Adendo: só chegava carrão para o concurso. De Hyundai pra cima. Critico Eu: Pra quê fazer concurso se já tem um Hyundai prata? Tirei onda de todos os carros que chegavam e seus respectivos motoristas: os namorados das patricinhas, as patricinhas (Provavelmente minhas concorrentes. Acreditem, Eu ainda sou Psicóloga do tempo em que este profissional era considerado um porra louca, viado ou lésbica. Hoje em dia são patricinhas que querem entender o comportamento humano), as mães dos mauricinhos e os mauricinhos, entre outros poucos que estavam fazendo o concurso por precisão, como Euzinha que vos falo.
Um calor descomunal.
A Escola, organizada, mas muito simples, tinha a sala escura, de telhado sem forro e apenas um ventilador. Sala 15, cadeira 21.
Sentei-me entre outras Psicólogas e Dentistas.
"PEEENNNN!!!!!!"
Toque de iniciar a prova.
Concentração.
Não deu gente, Não deu, não deu !
O Dentista do meu lado ou a poposuda (enorme, mal cabia no assento da cadeira) que estava à minha frente, estava com dor de barriga e de repente sobe no ar aquela catinga peculiar de "chicotinho" a caminho.
CARÁCOLIS!!!
Apenas um ventilador ! Calor e o odor no ar ...
Quase ponho o chafé e o inhame da fia pra fora.
"Paciência Andréa, paciência... falei para mim mesma. Foco na prova.
Não deu. Não deu geeenntteee !!!!
O segundo aviso subiu no ar ... Meu pai do céu !!!!
O que será que esta criatura comeu meu Deus ?
A esta altura já tinha terminado a prova de Português.
"Força Andréa ! concentração !!!!
Pensa na moradia em São José e nas caminhadas que você irá fazer na praia depois das suas seis horas de trabalho diário ...
Conhecimentos sobre o SUS e lá fui eu ...
PUTA QUE LOS PARIUS !!!!!!
DE NOVO !!!!
ASSIM NÃO PODE, ASSIM NÃO DÁ!!!
Acho que com esse terceiro bombardeio minha cara deve ter ficado amarela. Mas, como a sala era escura, não deu pra perceber.
Conhecimentos Específicos... Freud, Moreno, Gestalt, Behavior, Teoria de Campo e blá, blá, blá.
Minha coluna doía, meus olhos ardiam, mas mesmo assim ainda revisei toda a prova antes de marcar o cartão-respostas.
Acabei !
Entreguei e quando saí da escola, Gugu e Cunha já me esperavam como dois personagens que entraram no filme errado. Não acharam graça no município. A praia suja e de águsa barrentas, um calor de rachar e muita gente circulando. Tranquilidade era o antônimo do lugar. Também pudera, praia em janeiro e perto do carnaval ?
Guga pegou 100, 110km pra voltar pra casa. Será que o bichinho tava com pressa de chegar?
"Acelera Airton!"
Me amarrei de novo no cinto de segurança e pé na estrada.
O caminho de volta estava mais bonito do que na ida. Campos de cana, bois e vacas pastando, passamos pela Reserva Florestal de Saltinho, linda ! até chegarmos ao "off road" de Jaboatão novamente (aí já não é mais tão bonito) e casa.
Tô inteira.
Dia 07/02: Maceió !!!
FIM

Concurso Prefeitura de São José da Coroa Grande - Parte I

Um fim de semana surreal.
Domingo, dia de concurso e o meu sábado foi, digamos assim, quase um ato de peça Shakespeariano, ainda sem um derradeiro fim, o drama continua em outros post's.
Bem, fui dormir por volta das duas da madrugada, ainda assim, fritando na cama igual bife à milanesa: pra lá e pra cá, vira e volta, deita e levanta, põe travesseiro na cara, tira travesseiro da cara, hunf!!!!
Às 03:00h a Cunha me liga para me despertar: "Oh ! Cunha você já levantou, já acordou, já se aprontou?
Respondo Eu: "Bem Cunha, eu ía me levantar às 3:30h, mas como você já me ligou, vou começar a me arrumar. Desliguei.
E cadê a coragem para isto?
Putz !!! tudo escurinho, o soninho já tava querendo se chegar ...
Chuveiro nele !!!!
Enquanto isso na sala de justiça da minha casa que é o meu terraço, a família Aristogata estava em um colóquio deveras barulhento:
- Hei Nena me dá, me dá...
- Não.
- Nena, me dá, me dá...
- Nããoo..
-Só um pouquinho ...
- Saaaaiiiiii de cima de mim: mmmmiiiaaauuuuuu!!!! Mais que gato burro ! Você não vê como estou gorda não? Quase uma Wilza Carla? Eu fiz a cirurgia do nunca mais! Que coisa! Agora me deixa ir comer uma raçãozinha ali... miau, miau... e não venha atrás de mim!
Fiquei pronta às 04:00h. Roupa, bolsa e uma sacola para uma possível prainha pós-prova.
Pegamos a estrada.
A viagem foi tranquila, com excessão do trecho "off road" em Jaboatão. Cacilda !!!! é buraco e poeira viu?
Gugu, no seu possante 1.6 sedan, hehehehe estava que era um amostrado dirigindo gostoso, gostoso. E eu atrás toda amarrada no cinto de segurança que a Cunha me obrigou a usar.
Quando chegamos à São José, tivemos a recepção de um monte de bicado com garrafas de vodca de terceira pela rua. Tinha acontecido o "Beach alguma coisa" na noite anterior. Pense no estado de calamidade pública do Centro? sujeira que não tinha fim.
Andamos a procurar uma pousada que nos service o café da manhã. Café da manhã? mais o que isso? todos estavam chegando em casa...
Rodamos, rodamos... encontramos um pequeno bar que servia café da manhã, almoço e "janta".
Até que enfim!
Entramos triunfalmente ao som de: "Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer..."original em alto e bom som.
-Senhora, a casa já está aberta para o café da manhã?
- Tá fia, sente aí. Ói, aqui tem inhame, macaxeira e banana. A carne guisada tá chegando viu?
- Viu né?
-E café? a senhora tem café?
- Tem fia, quer um ?
-Traga dois, por favor...
Fui no inhame, com carne guisada de aparecer os vasos do boi... AAARRGGHHHH!!! só comi o inhame com o molho do guisado.
Café !!!! finalmente!!!
Café? café ? cadê você?
Era chafé da coado com a calcinha da vizinha que foi à festa beach qualquer coisa, ou quem sabe com a meia do namorado dela.
Tudo bem !!!!
Comemos ao som de Fábio Jr. e em seguida o sermão matinal da Rádio Litoral - Assembléia de Deus.
-Bom Dia Meus irmãos...
O café, de repente, tornou-se o pesadelo e quse saíamos correndo da casa.
Pelo menos comemos.
A segunda parte do episódio vem logo mais...

sábado, janeiro 23, 2010



Corso

Por um lado deveria ter nascido nos anos 30.
Hoje fui com o meu irmão e minha cunhada à Rua do Bom Jesus.
Fomos ver o corso de carros antigos.
Eu me arrepiei ao ver aqueles calhambeques anos 30, Ford, Jaguar...
Mais parece que já vivi essa época. É como se estivesse revendo.
Adorei.
Estou no aguardo das fotos da Cunha para postar.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Hoje eu fui ao meu oftalmologista. Apesar de estar quarentinha, ainda estou livre das lentes multifocais que além de caras são horrorosas e de difícil adpatação. Dr. Luciano falou que da próxima consulta não passa. Tenho pelo menos um ano de liberdade ainda.
Revisão geral feita, fiquei temporariamente ceguetinha. Alguma dor de cabeça, vontade danada de tomar café. Fui com o meu irmão buscar o violão no luthier e a oficina é bem interessante. Deu vontade de abrir todos os cases e todas as bags com instrumentos e pedir pra ele me dizer que tipo de restauro/conserto ele iria fazer em cada um, mas o tempo foi curto. Depois fomos numa loja nova que abriu no Recife de instrumentos e equipamentos musicais. Muito legal, também dá pra passar um bom tempo só olhando os detalhes de cada instrumento e equipamento e acessório. Mas, eu tava ceguinha, dor cabeça... que pena, não aproveitei como queria.
Só agora, quase meia-noite, minha vistinha melhorou. E percebo que não é preciso ser cego de verdade pra não ver o que te rodeia e também não é preciso ter 100% da visão pra ver o que você na verdade não queria enxergar e que sem querer, chega aos seus olhos, sem você procurar.
Vou comprar meu óculos novo ! Quem sabe enxergo melhor a minha vida e o que faço dela e com ela...

quarta-feira, janeiro 20, 2010


Chico Xavier diz que nós escolhemos a família em que nascemos, temos a condição de vida que escolhemos e aproximamos de nós mesmos as pessoas que escolhemos.
Carregamos também as cruzes que podemos suportar e na vida terrena ajustamos contas das ações injustas que cometemos outrora, porém, nesta mesma vida terrena em que nascemos para evoluir, praticamos outros atos nocivos a nós mesmos antes de tudo e também aos outros.
Às vezes regrido à idade tenra dos questionamentos e me pergunto o porque de certas pessoas na minha vida, o porque de certas situações, o porque das dificuldades.
Fazendo uma avaliação e reflexão, vejo que sou muito feliz, comparado a outro tanto de pessoas que conheço em uma série de fatores que não vela a pena detalhar aqui.
Por outro lado, também carrego comigo as pedras que nem sei se consegui transpor para uma vida mais elevada futuramente.
Estava agora a pouco participando de uma discussão no facebook com mais duas pessoas sobre felicidade e utopia.
Minha impressão é que a felicidade que procuro é uma grande utopia.
Será essa uma das minhas pedras?


Ainda bem que sou assim. Detesto as espertas. São muito falsas e infelizes.


sábado, janeiro 16, 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO !!!!




































Comemorei em ótimo estilo ontem, mas o dia é hoje, então...

PARABÉNS PRA MIM !!!

Umas fotos da festinha de ontem.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Crônicas de Aniversário VIII







Família ah ! família ê! Família, Família !!!
Não sou quatrocentona, mas faço parte de uma família conservadora, que instituiu-se dentro das normas da sociedade e segue as regras dentro dos conformes até hoje.
É claro que em toda regra há excessões.
Mas, minha família é a melhor que pude ter, pois eu a escolhi, como tudo em minha vida. Então, não cabe aqui comentários sobre A, B ou C. É incontestavelmente: Família !

Crônicas de Aniversário VII


Maria Tucha

Pois é. Ainda em 2005, em João Pessoa/PB, perdi o meu gordão para a hirliquiose. Uma doença que vem dos carrapatos e que se desenvolve ao longo do tempo como uma hepatite ou uma aids. Silenciosamente.
Meu Rei se foi e eu sofri demais, mas sei que fiz tudo para o bem estar dele enquanto estava doente.
Em 2006 houve a minha separação e eu voltei a morar no Recife, ao lado da minha mãe, na casa dos meus avós maternos, onde vivo até hoje.
Como era de se esperar, jogaram no jardim da minha casa uma filhote de gato "pé de chulé" que cabia na minha mão. Imaginem como era minúscula?
Ela foi ficando, foi ficando porque eu tive pena de jogar fora. Resultado? A "pé de chulé" virou Maria Tucha, vulgo "Gorda do Oião".
Quando passou pelo primeiro cio foi um stress pra mim. Essa "garota" não me deixou em paz e nem os seus pretendentes.
Depois da primeira ninhada, veio mais uma e eu levei-a ao veterinário para esterectomia.
Nos dias de hoje gato é igual a coelho ! Vixe !!!! reproduz muito !!!!
A Maria Gorda é uma figura hilariante. Mais parece um cachorro. Ralha comigo quando não quer sair de dentro de casa para a área de serviço quando eu preciso sair e de vez em quando dá uns histéricos de graça, hahahahah. Meu irmão diz que ela é doida. Né não, é só geniosa e autoritária. Aliás, típico dos gatos. Sempre se acham os donos da casa.
Dona Gorda me faz massagem nas costas com as patas dianteiras e aquece meus pés quando estou com frio, deitando-se em cima deles. Verdadeiras pantufas naturais. Me acorda todos os dias miando no meu ouvido: "Ei pô acorda aí que eu tô com fome!"
Toma água da torneira e assiste à TV deitada no centro, enquanto eu fico o sofá. É braba e só faz o que quer.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Crônicas de Aniversário VI

LAIO !!!

Sempre fui criada com bichos em casa. Gatos, mais precisamente. Sempre houveram gatos em minha casa. Xanuca foi a primeira da qual me lembro. Meu pai foi quem deu esse nome a ela.
Quando casei encontrei o cão da minha vida. O próprio Marley, Lessie, Rin tim tim, Benji e quem mais vocês imaginarem.
Banzé do Grota Verde, nome de batismo no pedigree, vulgo Laio, nome que lhe dei quando ele chegou pra mim já com 2 anos de idade. Um Pastor Alemão capa preta puro. Segunda ninhada de Átila do Grota Verde.
Parece mentira o que vou falar aqui, mas é a pura verdade. Sempre tive os meus sonhos. Sonhava acordada, passeando na praia com um cão enorme, já adulto. Ele era vistoso, bonito e andávamos tranquilamente sobre a areia da praia. Nunca sonhei criando um cãozinho desde filhote. Nos meus sonhos acordada ou dormindo era sempre um cão adulto e sempre um cão de grande porte. PIMBA !!! Não deu outra. Quando estava me adaptando na minha segunda casa como casada em Garanhuns, adquiri um filhote de pastor alemão sem pedigree que batizei de Quarupe. Infelizmente esse filhotinho foi mordido por uma cobra coral e morreu envenenado. Fiquei arrasada. Achava que não sabia criar cães. Era o meu primeiro cachorrinho. Após dois meses, o mesmo rapaz que me vendeu o filhote, bateu à minha porta com Laio. Era uma tarde fria de inverno em Garanhuns e eu vestida com toneladas de roupas, morrendo de frio. Laio, ainda Banzé, estava feinho, magro, fedorento e cabisbaixo. Eu olhei pro focinho dele e disse ao adestrador: "Mais que cão lindo! ele estranha pessoas desconhecidas?" "Não D. Andréa."
E Laio me deu logo uma enorme lambida na mão. Um verdadeiro cavalheiro canino. Me beijou a mão. Querem atitude mais fidalga que isto? Um verdadeiro gentleman! Enlouqueci de amores por ele. Não falei ainda, mais tenho uma queda pelo sexo masculino que tem o mínimo de cavalheirismo. "Traga-o aqui logo mais à noite quando o meu marido estará em casa e fechamos negócio."
Naquele mesmo dia Laio era meu cachorro !!!!!
Nos demos muitíssimo bem. Fiz um mega tratamento nele e ele de sapo virou um príncipe. Quase o melhor partido da cidade em matéria da raça capa preta de pastores. Enchi-lhe de amor e carinho e mimos. Ele era tão grande que eu não conseguia levá-lo para passear, só o meu marido é que tinha força suficiente. Quando punha as patas dianteiras nos meus ombros, ficava maior do que eu. O CÃO DOS MEUS SONHOS !!!!! E muitas vezes olhava pra ele e não acreditava que aquela belezura era minha e me amava.
O cão mais doce e mais protetor que pude ter. Ele foi o meu "Gordão, Chibungão, o meu Rei" por seis anos. Pra onde fui morar, ele foi comigo: Garanhuns, Recife, São Luiz, João Pessoa. Conquistou toda minha família. Jamais esquecerei essa criatura de Deus que passou na minha vida. Se for contar aqui todas as suas peripécias, não vou parar mais de escrever. Guardo-as na minha eterna lembrança. Te amo meu Gordão !

sábado, janeiro 09, 2010

Crônicas de Aniversário V

MBA UFPE 2002









Em 2002, casada e de bem com a vida, começamos, Eu e Mozão (apelido do ex-maridão) a fazer o MBA na UFPE. Ele na área de Finanças e Eu em Gestão de Pessoas.

Foi um período muito rico de conhecimentos e de relacionamentos com pessoas muito legais. Um ano na Universidade Federal. Dava gosto de estudar. Excelentes professores e o ambiente propício para a sede do conhecimento. Afora a coisa séria do estudar, tive a oportunidade de formar boas amizades e de curtir muito também, algumas farrinhas boas com Marília, Helena, Domingos, Keliana, André, Andréa, as Carolinas, Júlio, Nathália, Valéria, Miriam, Renata, Neuma, Mirelle, Ramos, enfim...

Profissão Psicóloga
Comecei a atuar como Psicóloga ainda enquanto estudante, através de estágios na área de Recursos Humanos, mas em paralelo também estagiava na Faculdade na área clínica em Gestalt-terapia. Por 6 anos atuei em Consultório e depois segui em Recursos Humanos. De todas as empresas por onde passei, a mais marcante, eterna e do coração é a Currículos Inteligentes. Formada por um time do balacobaco (gíria antiga né?): Formiga Atômica (Marta Guerra), Mosquito ou Playmobil (Toni Azevedo), Palhação (Ênio Porto), Muriçoca Cibernética (Eu) e Boop (Elizabeth Chagas). Pense numa família arretada?

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Crônicas de Aniversário IV

Grandes Amores.

Em 1992, então com 22 anos, conheci quem seria um dos homens mais importantes em minha vida. Audro Lajes (Na foto ao lado do Violonista Ednaldo Queiroz, que hoje reside nos EUA). Músico e amigo de João Gilberto, revolucionou com tudo em mim e a partir dele tornei-me outra mulher. É óbvio que ser amigo de João foi um dos grandes atrativos dele para me conquistar, pois sempre fui fã de João, inclusive tive a oportunidade de conhecê-lo, por telefone, é claro, mas, conversamos e até hoje não acredito nisto.
Época do Última Sessão Bar em Boa Viagem, íamos com George, Eu e Angela e depois ao Som das Águas. Eita tempo bom danado ! É claro que sofri um bocado, mas também aprendi outro bocado grande. Deixei o meu namorado ator, com quem tinha voltado (aquele que parecia com o Caetano Velozo), para namorar com ele. Tudo começou de maneira muito diferente de qualquer pedido de namoro. Lá no Bar do Poço de Raul Henry. Foram 3 anos de um relacionamento bastante intenso e conturbado. Enfrentei família e desafiei todos lutando pelo amor que eu considerava ser o único em minha vida. Coisas de uma garota ingênua e pouco vivida. De nada me arrependo. Conheci uma pouco da boemia do Recife e seus artistas e essa foi uma das partes boas.
Hoje esta criatura não está mais conosco. Espero de verdade que esteja muito bem no outro plano.
Em 1994, conheci quem seria o outro homem importante: meu ex-marido Paulo Tadeu, com quem tive um relacionamento de 12 anos ao todo. Também enfrentei muitos problemas por ele e ao lado dele. Mas, vivemos bons momentos. Moramos em vários lugares, tivemos o nosso cachorro, nossas casas e cada lugar traz uma recordação. Diferentemente do meu relacionamento anterior, cheio de inseguranças, o meu casamento foi um outro mundo. Paulo era um Executivo de multinacional, diferente do boêmio Audro e eu abandonei a vida de bar e me voltei para outros tipos de lazer: museus, viagens, restaurantes, shows e livros, muitos livros. Em 2006 separei-me e hoje somos bons amigos.

Crônicas de Aniversário III

ESUDA 1990
Foi quando entrei para a Faculdade de Psicologia. Passei na segunda entrada, mas fui remanejada para a primeira entrada. Quando a minha irmã Angela se graduava no mesmo curso eu começava a minha trilha universitária. A contra-gosto do meu Tio José Maria que sempre quis que eu fosse uma Bacharela em Direito.
Antes mesmo de entrar para a Faculdade de Psicologia, eu já assistia à aulas junto com Angela, pois meu namoradinho da época, também cursava Psicologia: Virgínio, aquele Cabral de Melo Neto. Então eu ía a Faculdade pra namorar e assistia aulas de Psicanálise e Aconselhamento.
Não nego que isto me ajudou a escolher a profissão. Eu também ajudava Angela a estudar em casa para as provas.
Meu primeiro grande amigo da faculdade foi esta belezura de pessoa que vocês estão vendo na foto: Erik Caetano. O conheci logo na fila da matrícula para o primeiro período. As filas de matrícula sempre foram nosso pesadelo na faculdade. Eu estava usando uma camisa de meu irmão George e também o óculos de John Lennon que ele tinha, só que escuros. Erik diz que eu parecia uma Janes Joplin, toda hipponga.
No primeiro dia de aula, procurei logo por ele na sala e assim fomos criando nossas amizades: Tatiana, Helena, Ritinha, Lawrence, Marcinha, Carlos, lucimary, Fernanda, Colaço, Eugênia, Adriana, Diva, Célia (que deixou a faculdade por falta de grana), Telma, Bethânia (que faleceu de aneurisma), Andréa, Marquinhos, enfim, tem mais gente, mas não me recordo de todos os nomes. Começamos com uma turma de 75 e apenas 35 se formaram e deles poucos estão atuando até hoje.
Os Professores? estes foram muitos. Alguns bons outros péssimos, outros ótimos: André Leão, Adriana Tinôco, Ranieri, Graça Diniz, Anchieta, Cláudia Pontual, Zé Maria, Alexandre Nunes... alguns lembro das feições e esqueço os nomes.
Fiz grupo de Estudos em Gestalt - Terapia e Estágio Supervisionado também em Gestalt Terapia e desde cedo optei por esta linha de abordagem psicoterapêutica. Participei de Workshops de fim de semana com Afonso Lisboa e Esther Steremberg e posteriormente supervisão com Patrícia Gomes. Me tornei humanista existencial fenomenológica no segundo período e o primeiro livro que comprei foi: "Escarafunchando Fritz Dentro e Fora da Lata do Lixo" de Fritz Perls. Depois os clássicos Kresh e por aí vai. Não fui muito com a cara de Freud, apesar de ter as obras completas do indivíduo. Meu caderno de rascunho parecia o caderno oficial de tão organizadinha que eu era. Perdi a minha primeira disciplina ainda no básico: Economia. Eu não tinha estudado e fiz uma enorme fila como todos na turma. Fui pega. Todo mundo filando e só eu fui pega. Fui reprovada por nota e a turma foi em peso falar com a coordenação e até se entregaram dizendo que todos estavam filando, mas a professora disse que só tinha visto a mim. Uma lição ! Nunca mais colei . Aprendi na faculdade a gostar de estudar.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Crônicas de Aniversário II

Rua do Sossego, 788.
Saí do bairro de Afogados com 13 ou 14 anos, talvez menos. Antes de ir morar na Rua do Sossego, passei uma temporada morando com a minha irmã mais velha, num período difícil da vida pessoal dela. Foi quase um ano ou pouco mais que isso. Morávamos num belíssimo apartamento na Av. Boa Viagem e eu ía à escola todos os dias de motorista particular, num Diplomata. Parecia gente.
Quando chegava em casa, a secretária vinha me perguntar o que eu queria para o almoço e logo depois eu descia para a praia e passava a tarde me bronzeando. Vidinha ruim né?
Resultado? quase perco o ano letivo.
Voltei pra casa da mamãe. Passei a ir à escola a pé, pois o Colégio de São José, onde fazia o ginásio era bem pertinho de casa. Achei ótimo ! certa independência se apossou de mim. Depois passei a estudar no ESUDA. Mais perto de casa ainda. Foi muito legal lá. Lá arrumei o meu primeiro namorado: Virgínio Cabral de Melo Neto. Fiz questão de por o nome completo, pois o sobrinho - neto de João Cabral de Melo Neto, não é toda garota que namora, diga aí ?
O ESUDA fechou suas portas como colégio para funcionar apenas como Faculdade quando eu estava no primeiro ano do segundo grau. Eu e mais uma penca de amigos, fomos para o Colégio e Curso Especial !!! UHUHUUH !!! show de bola !
Continuei indo à escola a pé e conheci muita gente legal. Um deles, talvez um dos mais legais de todos, foi essa figura que posa comigo nesta foto: Ted. Vulgo, "Ted Tigre", como Eu o chamava. Como vocês podem ver, garotos muito certinhos e penteadinhos não faziam o meu gosto. Ele me apresentou ao Raul Seixas e ao Rush e foi a primeira vez que eu vi alguém fumar aquele cigarro fedorento... uhg !!! maconha. Sempre me deu náuseas só de sentir o cheiro. Tocava berimbau e violão. Morava na várzea. Junto com ele fiz parte da "Turma Dukarai", nome que ele mesmo criou para o nosso grupo dentro do colégio. Nós fizemos uma homenagem aos professores e representamos a Escolinha do Professor Raimundo para todo o colégio assistir e foi muito divertido. Eu era a "Chamou, chamou, Professor?" Depois encenamos uma peça em inglês para o trabalho de escola e a Professora gostou tanto que apresentamos em todas as turmas em que ela dava aulas.
Nesta época eu era bem bairrista e só gostava de MPB e blá, blá, blá. Detestava brega. Mário tinha um fusca cinzento, modelo Fafá de belém e certa vez puseram uma fita de Reginaldo Rossi e me trancaram no carro. Foi hilário! Eu não estava mais suportando "Garçom... ou Recife tem encantos mil ..." e todos do lado de fora rindo da minha cara.
Nesse período do Especial, namorei meu segundo garoto: Hamilton, ele era ator e fazia peças infantis, parecia muito com Caetano Velozo, hehehehe. Dentre os amigos eternos e inesquecíveis desta época: Aílza Luíza (Lulu Cravinho), Mário (Manho), Flávia (Bundola), João, Gisele Tigre, entre outros.
No terceiro ano passei no vestibular para Psicologia ...

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Crônicas de Aniversário I

Maternidade de Casa Amarela, 16 de Janeiro de 1970, por volta das 15:00h.
"Olha Célia, é uma menina e de pernas muito bonitas."
Minha mãe ainda devia estar zonza da força que fez para me dar à luz. Nasci de parto normal, como todos os meus irmãos.
Minha mãe me conta que chorava muito. Acho Eu que isso é um bom sinal. Sinal de saúde, pulmões em pleno funcionamento, ar circulando normalmente e cordas vocais perfeitas, hehehe.
Diz ela que eu vim meio assim, sem ter que ter vindo, pois ela já tinha ganho de brinde do meu pai um casal de filhos do primeiro casamento dele e também já tinha tido outro casal de filhos, meus irmãos George e Angela. Tava de bom tamanho né?
Também acho, mas ... Eu tinha que voltar.
Cheguei e fui morar em Afogados, na casa própria que meus pais tinham acabado de comprar. Temos ela até hoje e é muito bela. Grande, arejada, ampla. Bons tempos passamos lá.
Por conta das fábricas de café, cigarros e sabão que eram muito próximas da minha casa, desenvolvi uma rinite alérgica que trago comigo até hoje. Nada demais. Adoro café, gosto de tomar banho, mas não fumo.
Brinquei de Susi, andei de velocípede, ía na venda do Mestre Antônio comprar bala Xaxá e sete belo, além de chiclete ploc e poing pong, brinquei com as bonecas da minha irmã que eram importadas da Inglaterra (muito chique), aprendi a gostar de música cedo, pois a minha família adora música. Dançava nos braços do meu pai a música: "que falta eu sinto de um bem, que falta me faz um xodó..."com Gil, na vitrola Philips que tocava 3 lp's de uma vez. E também gostava de dançar no colo dele: "Eu quero um ovo de codorna pra comer, o meu problema ele tem que resolver..." nos fins de semana. Meu pai me chamava de "Zoga". Sei não de onde vem esse apelido.
Depois, eu cresci um tico e comecei a gostar de Rita Lee, por volta dos 10 anos. Brincava de escritório e de ser chefe e executiva.
Quando ía a casa de meus avós maternos, lia os livrinhos para crianças e escutava as histórias que Vovô Aragão contava, como também penteava a careca dele com o pente de Zé Bonitinho, aquele bem grandão e depois ía procurar as moedas de D. Baratinha que Vovô escondia pela casa inteira. E olha que a casa era grande viu ? Lá na Henrique Dias, no Derby. Mas, eu sempre achava e ficava com elas. Tínhamos também o Jornal "O Pirulito", no qual nós, os netos éramos a notícia. Vovô editava e imprimia na pequena gráfica que ele tinha nos fundos da casa.
Em casa, jogava com meus irmãos e George sempre roubava no ludo e no jogo da velha a mim e a Angela, descaradamente, um horror !!! ele tinha uma rádio de mentirinha: "Rádio Tupinambá, dia e noite fora do ar!" Sempre tivemos gatos e eu ficava tardes e tardes no telhado da casa, mais precisamente em cima da garagem chupando mangas - espada e brincando com os felinos.
Do meu quarto, que eu dividia com as minhas irmãs, eu me sentava na janela que era gradeada e tirava carambolas do pé. Era capaz de dormir na janela, tamanho frescorzinho que era, ler na janela debaixo do pé de carambola.
Mamãe fazia doce de manga (uma delícia), pendurava a carne ou deitava-a nas telhas para fazer carne de sol e fazia abacate no leite, do nosso abacateiro. No fim do ano íamos a pé até o centro comercial do bairro para fazer compras de nossas roupas de natal e ano novo. Eu chegava em casa morta de cansada de tanto andar, mas com roupa e sapato novos.
Infância boa...

terça-feira, janeiro 05, 2010


"Oiças" para saber ouvir...
"Beiços" para saber falar.
"Tutano" pra saber entender...
êta ferro ...
São 3 da manhã e a uma hora tento dormir e não consigo, por vários motivos.
Nas últimas duas semanas tenho dormido muito tarde e não consigo ter sono logo cedo.
Acredito que tem uma barata dentro do meu guarda-roupas, o que me preocupa muito, pois tenho asco de baratas e receio que ela saia no meio da noite e venha pousar em mim enquanto durmo. Por isto, borrifei todo o meu guarda-roupas com SPB sem cheiro, claro e espero com todas as minhas forças que esta intrusa morra, esteja ela onde estiver: dentro do meu terninho ou nas minhas blusas brancas ou ainda dentro das minhas gavetas ex-perfumadas com sabonete dove.
Adoro Clarice Lispector, mas não sou G.H. pra ter uma relação e identificação com a barata do guarda-roupas do quarto de serviço.
Por falar nela, em Clarice, claro, estou lendo a sua biografia recém lançada e estou encantada. Depois terei um post só sobre isto, ainda estou muito no começo do livro.
Um outro motivo que me tirou o sono foi a comunicação. Pois é, melhor dizendo a falta dela.
As palavras tem um poder que não se imagina. Elas podem te conduzir ao paraíso, mas, também, ao buraco negro, se não forem bem colocadas.
Não é fácil na torre de babel em que o mundo vive, todos usarem as palavras no seu sentido literal. Até porque ela pode significar uma coisa pra mim e outra pra você. Sabe lá.
Mas, quando há a falta de comunicação, putz !!! é pior do que pegar ônibus errado, tomar lactopurga no lugar de imosec, beber pepsi no lugar de coca, tomar café aguado pensando que tá com açúcar, esperar alguém e levar o bolo.
Mas, nem todo mundo pensa o siginificado das palavras e o contexto onde elas estão inseridas. Isto me deixa triste. Sinto que não me faço COMPREENDER e que PASSO UMA IDÉIA ERRADA DA MINHA PESSOA, SOU DE OUTRO MUNDO...
Mas, NINGUÉM É PERFEITO ! QUANTO MAIS EU !?!?!?!
Sentimento que eu nunca quero sentir em minha existência é ódio. Por nada e nem por ninguém.

domingo, janeiro 03, 2010

E o ano vai começar amanhã, até parar de novo quando o carnaval chegar.
Depois de todas as campanhas publicitárias de natal e ano novo, o comércio quer vender fantasias para o carnaval, livros para a volta as aulas e planos de seguro para veículos e serviços bancários e programa de férias e blá, blá, blá.
Eu aqui estou na minha casinha, me programando para 2010.
Nada a declarar...
Meu primeiro livro do ano está sendo a biografia da Clarice Lispector. Estou gostando. Dei uma parada na fuçada que estava fazendo na vida do John Lennon. O último livro que li sobre ele foi o da ex-esposa Cynthia. Me deixou muito deprê. Depois quis saber mais e comecei a ler o livro verde, John estava me deixando depressiva. Mandei-o de volta para o armário de livros. Agora à pouco assistia a um DVD duplo importado do Led Zeppelin. Muito bom.
Pronto Cabelêra, já assisti ao Jimmy Page que o peludo imita categoricamente. Você pode levar e copiar.
Estou com vontade de tomar banho de mar e ir ao cinema, mas sozinha, gosto não. Alguém se habilita a ir comigo ?

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Achei pouco, mais um pouquinho de fotos...





O nosso Réveillon foi na casa de Mocreu e Finha, ou melhor da minha irmã Roberta e do seu marido Jorge. Fica ali na Av. Boa Viagem, perto da mãe do Lula, ops ! do Parque D. Lindu, hehehehe. foi uma noite muito boa, com risadas, arengas e muito falatório ao mesmo tempo.